Entenda como funciona o crédito de carbono, que acelera no Brasil
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Descubra como é produzido o hidrogênio verde e como o combustível tem sido apontado como alternativa para o futuro sustentável.
Publicado por: Auren Energia
Vetor energético com enorme potencial de acelerar a transição energética, o hidrogênio verde (também chamado de H2V) é considerado o combustível do futuro. O estudo “Perspectivas globais para o hidrogênio verde 2023: Energizando o caminho para a descarbonização”, realizado pela consultoria Deloitte, aponta que o hidrogênio verde pode redesenhar o mapa global de energia e criar um mercado de US$ 1,4 trilhão por ano até 2050.
Isso porque ele é tido como fundamental para a descarbonização da economia, uma das metas do Acordo de Paris. O documento, assinado por 195 países na COP21, é um compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para limitar o aumento da temperatura global em 1.5°C acima dos níveis pré-industriais até o final deste século.
Entretanto, relatório da Organização das Nações Unidas lançado dias antes da COP28, conferência do clima realizada em Dubai, aponta que, no cenário mais otimista, a probabilidade de atingir essa meta é de apenas 14%.
“O principal benefício da rota de produção do hidrogênio verde é que ele pode ser obtido sem emissões de gases de efeito estufa e apresenta características adequadas para substituir insumos derivados de combustíveis fósseis.”, explicam os especialistas em Hidrogênio Verde. O H2V é um importante viabilizador da descarbonização das operações de segmentos industriais de difícil eletrificação, tais como fertilizantes, mineração, siderurgia, aviação e transporte pesado.
A produção de hidrogênio verde é feita a partir de um processo chamado eletrólise, em que uma corrente elétrica — gerada por fontes renováveis como hídrica, eólica ou solar — separa os átomos de hidrogênio do átomo de oxigênio na composição da água (H2O). O resultado é um gás inflamável, sem cor, sem cheiro e altamente volátil.
Ele não precisa ser usado imediatamente após ser produzido, podendo ser armazenado, transformado em eletricidade ou utilizado para produção de outros derivados como a amônia e combustíveis sintéticos. Uma vez que o hidrogênio e seus derivados podem ser transportados por longas distâncias, ele se torna um vetor energético, ou seja, ao transportarmos hidrogênio ou seus derivados estamos, na verdade, levando energia renovável a locais onde há alta demanda por esse recurso.
Como o hidrogênio verde não emite gases poluentes na produção e na combustão, caso fosse amplamente utilizado, seriam 830 milhões de toneladas de gás carbônico a menos liberadas na atmosfera, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).
O já citado estudo da Deloitte sugere que o combustível do futuro poderia também fomentar até 1 milhão de novos empregos por ano, até 2030. O ritmo pode dobrar nas duas décadas seguintes, com impactos importantes para a prosperidade ambiental, econômica e social.
Ainda são muitos os desafios quando se fala na produção de hidrogênio verde em larga escala no país.
Para que esse novo mercado seja consolidado, a principal barreira é o custo, mas acredita-se que o apetite do mercado com relação ao H2V deve aumentar à medida que metas mais ambiciosas de descarbonização sejam adotadas por empresas e governos.
Há também desafios como as limitações do sistema de transmissão para projetos de grande escala de hidrogênio verde, além da necessidade de incentivos públicos e privados para viabilização do mercado.
Às vésperas da COP28, em novembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 2308/2023, chamado de marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono. O texto trata da criação de uma política nacional e um conjunto de incentivos tributários para o desenvolvimento, fomento e uso do hidrogênio com baixa emissão de carbono. Foi sancionado e se tornou a Lei nº 14.948/2024.
O país conta com uma matriz elétrica robusta, limpa e em constante expansão, com destaque para novas usinas solares e eólicas. A abundância de recursos hídricos, a grande extensão geográfica, com grande potencial de vento e sol, fortalece o papel do Brasil como uma potência emergente na produção de hidrogênio verde.
A Auren Energia tem um portfólio 100% renovável, com 39 ativos de geração e 8,8 GW de capacidade instalada em 9 estados brasileiros. Além de soluções verdes, como créditos de carbono e I-Recs, que contribuem ativamente para a descarbonização da indústria e do setor de serviços.
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