Combustível do futuro: entenda como é produzido o hidrogênio verde

Descubra como é produzido o hidrogênio verde e como o combustível tem sido apontado como alternativa para o futuro sustentável.

Combustível do futuro: entenda como é produzido o hidrogênio verde
Auren Energia
Publicado por: Auren Energia
4 min. de leitura

Vetor energético com enorme potencial de acelerar a transição energética, o hidrogênio verde (também chamado de H2V) é considerado o combustível do futuro. O estudo “Perspectivas globais para o hidrogênio verde 2023: Energizando o caminho para a descarbonização”, realizado pela consultoria Deloitte, aponta que o hidrogênio verde pode redesenhar o mapa global de energia e criar um mercado de US$ 1,4 trilhão por ano até 2050.

Isso porque ele é tido como fundamental para a descarbonização da economia, uma das metas do Acordo de Paris. O documento, assinado por 195 países na COP21, é um compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para limitar o aumento da temperatura global em 1.5°C acima dos níveis pré-industriais até o final deste século.

Entretanto, relatório da Organização das Nações Unidas lançado dias antes da COP28, conferência do clima realizada em Dubai, aponta que, no cenário mais otimista, a probabilidade de atingir essa meta é de apenas 14%.

“O principal benefício da rota de produção do hidrogênio verde é que ele pode ser obtido sem emissões de gases de efeito estufa e apresenta características adequadas para substituir insumos derivados de combustíveis fósseis.”, explicam os especialistas em Hidrogênio Verde. O H2V é um importante viabilizador da descarbonização das operações de segmentos industriais de difícil eletrificação, tais como fertilizantes, mineração, siderurgia, aviação e transporte pesado.

Como é produzido o hidrogênio verde?

A produção de hidrogênio verde é feita a partir de um processo chamado eletrólise, em que uma corrente elétrica — gerada por fontes renováveis como hídrica, eólica ou solar — separa os átomos de hidrogênio do átomo de oxigênio na composição da água (H2O). O resultado é um gás inflamável, sem cor, sem cheiro e altamente volátil.

Ele não precisa ser usado imediatamente após ser produzido, podendo ser armazenado, transformado em eletricidade ou utilizado para produção de outros derivados como a amônia e combustíveis sintéticos. Uma vez que o hidrogênio e seus derivados podem ser transportados por longas distâncias, ele se torna um vetor energético, ou seja, ao transportarmos hidrogênio ou seus derivados estamos, na verdade, levando energia renovável a locais onde há alta demanda por esse recurso.

Qual o impacto do hidrogênio verde no meio ambiente e na economia?

Como o hidrogênio verde não emite gases poluentes na produção e na combustão, caso fosse amplamente utilizado, seriam 830 milhões de toneladas de gás carbônico a menos liberadas na atmosfera, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

O já citado estudo da Deloitte sugere que o combustível do futuro poderia também fomentar até 1 milhão de novos empregos por ano, até 2030. O ritmo pode dobrar nas duas décadas seguintes, com impactos importantes para a prosperidade ambiental, econômica e social.

Desafios da produção de hidrogênio verde no Brasil

Ainda são muitos os desafios quando se fala na produção de hidrogênio verde em larga escala no país.

Para que esse novo mercado seja consolidado, a principal barreira é o custo, mas acredita-se que o apetite do mercado com relação ao H2V deve aumentar à medida que metas mais ambiciosas de descarbonização sejam adotadas por empresas e governos.

Há também desafios como as limitações do sistema de transmissão para projetos de grande escala de hidrogênio verde, além da necessidade de incentivos públicos e privados para viabilização do mercado.

Às vésperas da COP28, em novembro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 2308/2023, chamado de marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono. O texto trata da criação de uma política nacional e um conjunto de incentivos tributários para o desenvolvimento, fomento e uso do hidrogênio com baixa emissão de carbono. Foi sancionado e se tornou a Lei nº 14.948/2024.

Matriz elétrica brasileira contribui para a produção de hidrogênio verde

O país conta com uma matriz elétrica robusta, limpa e em constante expansão, com destaque para novas usinas solares e eólicas. A abundância de recursos hídricos, a grande extensão geográfica, com grande potencial de vento e sol, fortalece o papel do Brasil como uma potência emergente na produção de hidrogênio verde.

A Auren Energia tem um portfólio 100% renovável, com 39 ativos de geração e 8,8 GW de capacidade instalada em 9 estados brasileiros. Além de soluções verdes, como créditos de carbono e I-Recs, que contribuem ativamente para a descarbonização da indústria e do setor de serviços.

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