Descubra como Energy as a Service e Open Energy ajudam a colocar o cliente no centro

O setor de energia está cada vez mais colocando o cliente no centro das estratégias. Entenda a importância de iniciativas como Energy as a Service.

Descubra como Energy as a Service e Open Energy ajudam a colocar o cliente no centro
Auren Energia
Publicado por: Auren Energia
5 min. de leitura

A relação dos consumidores com o mercado de energia elétrica está mudando. Iniciativas como Energy as a Service (EaaS) e Open Energy colocam o cliente no centro da relação, conferindo mais autonomia e empoderando-o na hora de contratar um serviço de fornecimento. E, graças a investimentos em inovação e tecnologia, essa transformação tende a acontecer ainda mais rapidamente. Entenda como cada um desses serviços funciona:

Energy as a Service (EaaS)

É um modelo de negócio que oferece soluções completas e personalizadas para fornecimento, gestão e eficiência de energia elétrica, com o cliente no centro, em vez de apenas vender energia como uma commodity. Desta forma, o consumidor tem mais autonomia para pagar por serviços energéticos fornecidos por terceiros, em vez de investir em equipamentos e infraestrutura para a geração de energia elétrica, como instalação de painéis solares. Geralmente, é um serviço oferecido por assinatura, com um pagamento recorrente estabelecido em contrato.

Apesar do Energy as a Service ainda estar em estágios iniciais, já se vislumbram exemplos que incluem as instalações energéticas compartilhadas, que permitem aos clientes consumirem a energia gerada ou armazenada em instalações de empresas especializadas, pagando apenas pelos serviços energéticos consumidos. Outra frente são as soluções de eficiência energética para edifícios e instalações industriais, com sensores inteligentes, monitoramento remoto e otimização do consumo.

Essa aproximação entre empresas e consumidores finais abre um leque de oportunidades para a implementação de novos serviços além da energia como produto. A disseminação do conhecimento técnico, especialmente entre pequenos e médios consumidores, pode se tornar um diferencial competitivo, fortalecendo o papel consultivo dessas empresas no apoio à tomada de decisão energética.

Projeção da Marketing Research Future, empresa global de pesquisa de mercado, estima que o modelo de negócios de EaaS deverá crescer de US$ 74,03 bilhões em 2023 para US$ 125,54 bilhões até 2030, com uma taxa composta de crescimento anual de 9,20% durante esse período.

Open Energy

É um conceito similar ao Open Banking: refere-se à abertura e interoperabilidade de dados dos sistemas de energia. Isso permite maior transparência, acessibilidade e colaboração entre os diversos participantes do mercado de energia elétrica – sempre com o cliente no centro da relação.

Se colocado em prática de forma ampla, o Open Energy pode promover a integração de tecnologias, dados e processos, buscando a otimização e maior eficiência do sistema energético como um todo. O Open Energy pode criar também mercados de energia descentralizados, resultando em maior autonomia na alocação de recursos energéticos.

Contudo, vale destacar que, no Brasil, a estrutura regulatória ainda é centralizada, com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) à frente das iniciativas de Open Energy. O consentimento de uso de dados deve seguir um modelo centralizado, o que pode representar um desafio à plena implementação do conceito. As empresas que compreenderem essas barreiras e anteciparem suas estratégias estarão mais preparadas para liderar esse novo momento do setor.

Abertura de mercado

A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores conectados à alta tensão, efetivada no início de 2024, é vista pelo setor como um marco importante no avanço do conceito de Energy as a Service (EaaS). Em vez de serem simplesmente consumidores passivos – sem autonomia de escolha, como ocorre no mercado regulado –, no ambiente de contratação livre os clientes são protagonistas e negociam ativamente para otimizar o seu consumo energético, o que resulta na redução de custos e do impacto ambiental.

Ao se permitir, no modelo de Energy as a Service, a contratação de provedores que operam e mantêm infraestruturas energéticas em um modelo horizontal e distribuído, amplia-se o espaço para a criação de ofertas personalizadas, alinhadas aos objetivos e preferências de cada consumidor — como já ocorre hoje no mercado livre — o que impulsionaria ainda mais a evolução do setor.

Digitalização do setor

A digitalização vem transformando de forma acelerada a operação e o relacionamento com os consumidores no setor elétrico. Tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), blockchain e Web3 estão redefinindo a forma como a energia é monitorada, gerida e comercializada.

Estudos indicam ganhos expressivos com essa transformação: até 20% de economia em despesas operacionais, além de incrementos de 20% a 40% em produtividade, segurança e compliance.

Entre as tecnologias já em aplicação destacam-se:

  • Medidores inteligentes, que oferecem monitoramento em tempo real do consumo, possibilitando uma gestão mais eficiente.
  • IA aplicada à previsão de demanda e detecção de falhas, trazendo mais segurança e economia para consumidores e operadores.
  • Blockchain e Web3, que criam bases mais transparentes e confiáveis para a comercialização de energia em redes descentralizadas.

A Auren Energia está atenta aos avanços do setor elétrico e investe de forma constante e estratégica em inovação, buscando sempre soluções customizadas para seus clientes. Nos últimos 10 anos, foram mais de R$ 90 milhões aplicados em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, sendo a primeira empresa do setor a utilizar o recurso regulado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para investir em startups, em 2016.

Além de oferecer energia 100% renovável e segura, nosso portfólio de inovação oferece novos produtos que auxiliam na jornada de descarbonização das empresas, permitindo autonomia e redução de custos.

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