El Niño, La Niña e os impactos no setor de energia e agronegócio: aprendizados de 2024 e como se preparar para os extremos climáticos

Descubra como os fenômenos El Niño e La Niña afetaram energia e agronegócio em 2024 e saiba como se preparar para os próximos extremos climáticos.

El Niño, La Niña e os impactos no setor de energia e agronegócio: aprendizados de 2024 e como se preparar para os extremos climáticos
Auren Energia
Publicado por: Auren Energia
3 min. de leitura

Os fenômenos El Niño e La Niña têm impactos diretos sobre o clima no Brasil e, por consequência, sobre a produção agrícola, a geração de energia e o consumo em diversas regiões. Entender seus efeitos e como se preparar é fundamental para empresas que dependem do tempo para operar — especialmente nos setores agroindustrial e energético.

O que são El Niño e La Niña?

  • El Niño: aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, alterando os padrões de vento e precipitação. Costuma provocar chuvas acima da média no Sul do Brasil e secas prolongadas no Norte e Nordeste.
  • La Niña: fenômeno oposto, com resfriamento das águas e impactos invertidos — seca no Sul e mais chuvas no Norte.

Ambos influenciam a distribuição de chuvas, a temperatura média e até a duração das estações, afetando diretamente lavouras, reservatórios de hidrelétricas e a demanda por energia.

O caso de 2024: El Niño forte e impactos concretos

Em 2024, o Brasil viveu um dos El Niños mais intensos das últimas décadas. Ondas de calor, secas prolongadas e chuvas fortes marcaram o período. No Sul, o excesso de precipitação atrasou a semeadura de soja, milho e feijão, enquanto no Centro-Oeste e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) as chuvas ficaram abaixo da média, prejudicando culturas como soja, milho e algodão.

O IBGE estimou queda de 2,8% na safra de grãos, cereais e leguminosas, com produção de 308,5 milhões de toneladas — quase 9 milhões a menos que em 2023. Apenas o arroz registrou alta, com previsão de 10,5 milhões de toneladas (+2,5%). Já a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), apontou 319,5 milhões de toneladas de grãos e 30,85 milhões de toneladas de carnes, somando aves, bovinos e suínos.

Esse cenário reforçou alertas da Organização Meteorológica Mundial, que projetou 2024 como um dos anos mais quentes da história.

Impactos no agronegócio

Fenômenos como El Niño e La Niña afetam produtividade, calendário de plantio e colheita. Entre os riscos:

  • Redução de produtividade por estiagens prolongadas.
  • Perdas pós-colheita devido ao excesso de umidade.
  • Necessidade de replanejamento das safras.

Impactos no setor de energia

A matriz elétrica brasileira, fortemente dependente de hidrelétricas, também sofre:

  • Menos chuvas reduzem o nível de reservatórios, exigindo uso maior de térmicas, que são fontes poluentes.
  • Eventos extremos alteram perfis de consumo — altas temperaturas aumentam o uso de refrigeração, e baixas temperaturas ampliam a demanda por aquecimento.

O papel da inteligência climática na gestão de risco

Monitorar sinais climáticos e adotar gestão preditiva é essencial. Ferramentas de inteligência meteorológica e uso de IA permitem antecipar impactos e ajustar estratégias.

A Auren Energia investe continuamente em tecnologias de previsão climática e modelagem hidrológica, oferecendo suporte analítico a clientes e parceiros para decisões estratégicas.

Como sua empresa pode se preparar

  • Diversifique fontes de energia: contratos de longo prazo com matriz renovável e previsível garantem estabilidade.
  • Use ferramentas de gestão preditiva: dados e projeções climáticas ajudam no planejamento de demanda e operação.
  • Implemente estratégias de mitigação: no agro, invista em irrigação inteligente, manejo de solo e calendário adaptativo.

Fenômenos como El Niño e La Niña são cíclicos, mas seus impactos têm sido cada vez mais intensos. O caso de 2024 mostra como eles podem afetar fortemente setores estratégicos. Empresas preparadas terão vantagem competitiva e segurança operacional.

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